Entre janeiro e março de 2025, a Caixa arrecadou R$ 5,5 bilhões com seus jogos, um recuo de quase 30% em relação ao trimestre anterior e 10% abaixo do desempenho do mesmo período de 2024. A tendência preocupa, já que no ano passado o total chegou a R$ 27 bilhões. “Os números deste ano estão menores, e isso naturalmente afeta o resultado final”, reconheceu Vieira.
A aposta digital da instituição segue o movimento de um setor que cresce de forma acelerada no país. Segundo dados da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, apenas no primeiro semestre de 2025 o segmento movimentou R$ 17,4 bilhões. O gasto médio por jogador ativo foi de R$ 983 no período — o equivalente a R$ 164 por mês. Hoje, 78 empresas operam 182 marcas de apostas no Brasil, consolidando um mercado que já representa uma importante fonte de arrecadação pública.
Entre janeiro e julho, a Receita Federal registrou R$ 4,73 bilhões em tributos sobre jogos, dos quais R$ 2,6 bilhões vieram das plataformas digitais — uma alta de 24% em relação ao mesmo intervalo anterior. Diante desse cenário, a Caixa projeta faturar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões em 2026 com sua nova plataforma, tentando equilibrar as contas e disputar espaço nesse universo em expansão.
Vieira também destacou a importância da tradicional Mega da Virada, responsável sozinha por cerca de 10% de toda a arrecadação anual das loterias da Caixa. Em 2024, o concurso movimentou aproximadamente R$ 2 bilhões e premiou oito apostas com o recorde de R$ 635,4 milhões. Para a edição deste ano, o presidente preferiu manter o suspense sobre o valor do prêmio.

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