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Você sabia? Tinta de tatuagem pode comprometer sistema imunológico e reduzir eficácia de vacinas


  VT Notícias: A tinta que colore tatuagens voltou ao centro do debate científico após um estudo preliminar revelar que esses pigmentos podem interferir na forma como o organismo reage a infecções e vacinas. A pesquisa, divulgada na terça-feira (2), na revista PNAS, observou que substâncias presentes sobretudo nas tonalidades preta e vermelha não permanecem confinadas à pele: em poucas horas, migram para a rede linfática e se concentram nos gânglios, peças-chave da defesa do corpo.

Ao detectar a presença desses fragmentos, macrófagos — células encarregadas de eliminar invasores — tentam engoli-los. O problema é que muitos pigmentos contêm metais e compostos sintéticos de difícil degradação. Incapazes de processá-los, os macrófagos acabam morrendo, criando um ambiente de inflamação persistente nos gânglios. Esse processo pode se prolongar por anos e comprometer o funcionamento das estruturas responsáveis por treinar o sistema imune.

Como os gânglios são o local onde o corpo aprende a produzir anticorpos após uma imunização, qualquer sobrecarga pode reduzir a eficácia de vacinas. Os autores observaram que aplicações realizadas perto de uma tatuagem — especialmente quando recente — tendem a gerar uma resposta mais fraca em parte dos indivíduos, já que os macrófagos danificados têm dificuldade em capturar o antígeno e acionar as demais células de defesa. Nos testes, pigmentos pretos e vermelhos foram os que demonstraram maior toxicidade.

Apesar do alerta, os pesquisadores reforçam que os resultados ainda são iniciais. Boa parte dos experimentos foi conduzida em laboratório ou em modelos animais, e o impacto real em humanos precisa ser confirmado. Além disso, o mercado global de tintas é vasto e heterogêneo, o que exige análises mais amplas sobre composição, presença de metais pesados e padrões de fabricação.

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