VT Notícias: Antes de se tornar conhecido como o “engenheiro militar” do Comando Vermelho, Rian Maurício Tavares Mota serviu à Marinha do Brasil e passou por treinamentos de elite, reconhecidos entre os mais rigorosos das Forças Armadas. Agora, o ex-militar ocupa a lista de detentos que devem ser enviados para presídios federais de segurança máxima, após a megaoperação que abalou os Complexos do Alemão e da Penha nesta semana.
Segundo a Polícia Federal, Mota teria sido o responsável por introduzir no crime organizado uma tecnologia que mudou o padrão de confronto nas favelas cariocas: drones adaptados para lançar explosivos. Com formação técnica e conhecimento tático, ele teria transformado equipamentos de vigilância em armas aéreas capazes de atacar as forças de segurança de forma precisa e remota.
Interceptações telefônicas revelam que o ex-oficial orientava membros da cúpula do CV, entre eles Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos criminosos mais procurados do Rio. Em uma das conversas, Mota descreve com naturalidade o mecanismo que permitia ao drone soltar granadas sobre os alvos — um método que, segundo a PF, já evitou a captura de líderes da facção em ações anteriores.
Durante a operação realizada no fim de outubro, policiais relataram terem sido atacados por artefatos explosivos lançados do alto, em uma cena que lembrou cenários de guerra. O governador Cláudio Castro classificou o episódio como o mais violento dos últimos anos e alertou para a capacidade bélica inédita do crime no estado.
Rian Mota foi preso em 2024 dentro de um quartel, após investigações apontarem que ele vendia peças e instruções para o tráfico enquanto ainda servia à Marinha. De acordo com os investigadores, o ex-militar montou uma espécie de setor de drones dentro do Comando Vermelho, treinando operadores e desenvolvendo estratégias de ataque aéreo contra as forças de segurança.
Com a morte de mais de uma centena de pessoas na última ofensiva policial, o governo do Rio pediu a transferência de Mota e de outros criminosos considerados de alta periculosidade para o sistema penitenciário federal. Fonte: Metrópoles
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