Compra do Master pelo BRB é apontada como manobra para ocultar rombo bilionário, dizem investigadores
[VT Notícias]novembro 20, 2025
VT Notícias: A tentativa do Banco de Brasília (BRB) de assumir o controle do Banco Master ganhou um novo contorno nas investigações conduzidas pelo Banco Central e pela Polícia Federal. Para os investigadores, a negociação anunciada em março não era apenas uma operação de mercado, mas parte de uma estratégia para maquiar fraudes bilionárias envolvendo carteiras de crédito inexistentes.A movimentação começou a levantar suspeitas ainda em fevereiro, quando técnicos do BC identificaram informações incompatíveis nas operações realizadas entre as duas instituições. Antes mesmo de o negócio ser tornado público, os órgãos de fiscalização já rastreavam transações que indicavam um rombo de R$ 12,2 bilhões, provocado pela circulação de créditos falsos.
Com o avanço da apuração, o Banco Central passou a exigir sucessivas remessas de documentos ao BRB e ao Master. Enquanto isso, aliados de Daniel Vorcaro — presidente do BRB e dono do Master, preso nesta segunda-feira — reagiam à demora na análise da compra, pressionando o BC e até articulando projetos que diminuíam sua autonomia. O que eles não sabiam era que cada nova cobrança do regulador fazia parte de uma investigação em estágio avançado, já compartilhada com o Ministério Público e a PF.
A proposta de compra acabou rejeitada apenas em setembro, quando o conjunto de provas estava consolidado e próximo de ser transformado em operação policial. Para as autoridades, havia um alinhamento entre os dois bancos com o objetivo de mesclar balanços e dificultar a identificação das irregularidades, razão pela qual o negócio jamais seria autorizado.
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