Greve de caminhoneiros volta ao radar e país teme novo colapso logístico a partir de 4 de dezembro
[VT Notícias]dezembro 02, 2025
VT Notícias: Uma nova paralisação de caminhoneiros volta a colocar o Brasil em estado de alerta. Um vídeo divulgado nas redes sociais reacendeu a mobilização nacional: o desembargador aposentado Sebastião Coelho e o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, Chicão Caminhoneiro, anunciaram que vão acionar a Justiça para dar respaldo jurídico ao movimento previsto para começar em 4 de dezembro.O magistrado aposentado declarou apoio integral ao grupo e afirmou que acompanhará cada etapa do processo. Para os articuladores da paralisação, a mobilização não tem viés partidário, mas nasce do desgaste acumulado pela rotina de trabalho e pela percepção de que antigas reivindicações seguem sem resposta. Entre as demandas estão maior segurança jurídica nos contratos, respeito às normas do setor, revisão do marco regulatório do transporte de cargas e aposentadoria diferenciada após 25 anos de atividade comprovada.
O possível stop nacional reacende memórias recentes. A greve de 2018 parou estradas, esvaziou prateleiras e custou bilhões ao país. Hoje, especialistas enxergam um ambiente ainda mais frágil. O transporte rodoviário segue responsável por grande parte da circulação de mercadorias, mas o contingente de motoristas encolheu rapidamente na última década. A idade média já passa dos 45 anos, cresce a presença de trabalhadores acima dos 60 e a entrada de jovens diminui a cada ano.
Esse desequilíbrio é agravado por outros fatores que encurtam a fila de interessados na profissão: habilitação cara, custos elevados para operar como autônomo, falta de pontos seguros nas estradas, longas jornadas longe de casa e a escalada de crimes envolvendo cargas.
A perspectiva de uma nova paralisação levanta temores de um impacto semelhante ao de 2018. Analistas alertam que, se confirmada, a interrupção das atividades pode comprometer o abastecimento de combustíveis, alimentos e insumos industriais, repetindo um ciclo que o país ainda tentasuperar.
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