
VT Notícias: Concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Alagoas ou a uma das nove vagas do estado na Câmara dos Deputados tornou-se uma corrida cada vez mais seletiva. Para 2026, especialistas apontam que o peso do dinheiro será decisivo num cenário de poucas oportunidades e excesso de postulantes, elevando a régua da competitividade.
A avaliação predominante é que campanhas com chance real dependem de aportes robustos. O alerta ganha força após o anúncio do Congresso Nacional sobre o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O montante reservado para o próximo pleito chega a R$ 4,9 bilhões, repetindo o patamar de 2022. Desse total, R$ 3,9 bilhões virão de emendas de bancada e R$ 1 bilhão será obtido por meio de cortes em despesas não obrigatórias.Na prática, o número impressiona, mas não garante acesso fácil aos recursos. A distribuição interna entre partidos e candidaturas amplia a disputa e favorece estruturas mais organizadas. Para o estrategista eleitoral Eugênio Albuquerque, ouvido pela Tribuna Independente, o custo de entrada subiu de forma significativa. Em legendas de menor porte, uma campanha competitiva para deputado estadual pode exigir investimentos na casa dos R$ 10 milhões. Já nos grandes agrupamentos partidários, os chamados “chapões”, a conta pode alcançar R$ 15 milhões.
Com cifras elevadas e um tabuleiro político cada vez mais profissionalizado, o desafio vai além do discurso e da articulação. Em Alagoas, vencer passa, antes de tudo, pela capacidade de financiar uma estratégia robusta, capaz de sustentar visibilidade, estrutura e alcance eleitoral em um ambiente altamente concorrido.
Fonte: Tribuna Hoje
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