VT notícias: Nos últimos cinco anos, quase seis mil meninas com idades entre 10 e 14 anos se tornaram mães na Bahia. Todas foram vítimas de estvpr0 de vulnerável, conforme define a legislação brasileira, que considera inexistente qualquer forma de consentimento nessa faixa etária. O dado, por si só, revela uma tragéd1a silenciosa: a infância interrompida pela v1olênc1a s3xu4l.Embora o número de partos infantis seja alarmante, o total de casos oficialmente registrados como v1olênc1a s3xu4l é ainda menor — pouco mais de 3,9 mil. Isso significa que muitas dessas meninas sequer foram reconhecidas como vítimas de um cr1me, ou talvez nem compreendam o que viveram. A subnotificação evidencia uma rede de proteção que falha em identificar, acolher e garantir direitos básicos às crianças em situação de vulnerabilidade.
A discrepância também aparece no acesso ao ab0rto legal. Em cinco anos, apenas 55 meninas de até 14 anos conseguiram realizar o procedimento em unidades públicas do estado — o equivalente a menos de 1% das que engravidaram nesse período. O número ilustra a distância entre o que está previsto em lei e o que de fato chega a quem mais precisa.
Para profissionais da área, o cenário é resultado de barreiras culturais, falta de informação e dificuldade de acesso aos serviços de saúde e de denúncia. “Quando uma menina nessa idade está grávida, é porque foi vítima de estvpr0. Mas a maioria não chega aos atendimentos especializados”, explica a psicóloga Fabiana Kubiak, da Secretaria de Saúde da Bahia.
Fonte: Metrópoles
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