VT Notícias: A venda de armas e acessórios táticos pela internet tem acendido um alerta entre autoridades brasileiras. Plataformas de e-commerce e marketplaces, alguns deles bastante conhecidos, vêm sendo usados para comercializar fuzis, miras, coldres e roupas camufladas muito semelhantes às utilizadas por militares e forças policiais. Embora parte desses produtos seja legalmente comercializada, o uso indevido por criminosos expõe uma brecha perigosa na fiscalização digital.
A recente megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, escancarou esse problema. Entre os 121 mortos — quatro deles policiais — estavam dezenas de integrantes do Comando Vermelho vestidos com fardas camufladas que imitavam uniformes oficiais. O confronto, que também resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de 118 armas, sendo 91 fuzis de uso restrito, revelou o poder de fogo das facções e o alcance do comércio ilegal que abastece o tráfico dentro e fora do país.
De acordo com a Receita Federal, toda arma que entra regularmente no Brasil passa por um rigoroso processo de liberação, com fiscalização do Exército e licenças específicas. Ainda assim, as apreensões indicam que o grosso do arsenal criminoso chega por rotas clandestinas e compras em sites estrangeiros. A delegada Juliana Guimarães, da Alfândega de Brasília, reforça que a entrada legal de armamentos depende de autorizações formais e controles técnicos, justamente para impedir desvios.
Mesmo sem constituir crime, a venda de uniformes camuflados e equipamentos de uso tático — como coletes e coturnos — vem sendo explorada por facções que buscam se disfarçar de agentes oficiais, confundindo moradores e dificultando o trabalho das forças de segurança. O uso público de trajes que imitam uniformes militares, no entanto, é proibido por lei e pode levar à prisão.
Fonte: Metrópoles
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