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Lelo Maia expõe supersalários no DMTT e aponta distorções no pagamento de gratificação


         VT Notícias: O deputado estadual Lelo Maia voltou a pressionar o DMTT de Maceió após identificar um desequilíbrio profundo no sistema de gratificações do órgão. A consulta aos dados oficiais revelou um abismo interno difícil de justificar: enquanto parte dos agentes recebe valores que multiplicam o salário-base por até dez, outros mal chegam a poucas centenas de reais em adicionais.

A lei que estabelece limites para essas bonificações determina que elas não podem ultrapassar o próprio vencimento do servidor. Mesmo assim, há casos de funcionários com salário em torno de R$ 5 mil ultrapassando a marca dos R$ 60 mil no fim do mês, impulsionados por critérios pouco transparentes. Entre os agentes de trânsito, ganhos quatro ou cinco vezes maiores que o vencimento se repetem com frequência, sustentados por parâmetros que o órgão não explica de forma clara.

O levantamento também mostrou que, do total arrecadado com multas no período analisado — R$ 27,8 milhões —, quase 60% foi destinado ao pagamento de gratificações, percentual próximo do teto permitido. O problema, segundo Maia, não está apenas no volume repassado, mas na lógica que move o sistema. Uma parte das bonificações leva em conta o número de autuações registradas, criando um ciclo em que quem mais multa ganha mais. Para o deputado, isso distorce a finalidade do trabalho e recai diretamente sobre o bolso do cidadão.

A disparidade interna e a falta de clareza sobre os critérios de distribuição reforçam as suspeitas de que o modelo atual precisa ser revisto com urgência. Para Maia, a política de remuneração adotada hoje compromete a confiança no órgão e produz incentivos que vão na direção oposta ao que se espera de uma gestão de trânsito eficiente.

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