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Justiça encontra "migalhas" em contas de empresário alagoano acusado de liderar fraude que movimentou R$ 1,5 bilhão


          VT Notícias: A tentativa da Justiça Federal de rastrear o dinheiro movimentado pelo esquema de mineração investigado na Operação Rejeito revelou um contraste chamativo entre o volume bilionário apurado e o que restou nas contas dos suspeitos. Embora o grupo seja acusado de lucrar cerca de R$ 1,5 bilhão com fraudes em licenças ambientais e exploração ilegal de minério em Minas Gerais, os bancos localizaram apenas R$ 27 milhões após o bloqueio judicial — menos de 2% do total estimado. No caso do alagoano Alan Cavalcante, apontado como líder da organização, o saldo encontrado não passou de R$ 20 mil.

As instituições financeiras informaram que diversas empresas usadas no esquema estavam praticamente vazias, muitas delas sem qualquer movimentação real. As investigações indicam que eram firmas fictícias, criadas unicamente para mascarar a origem dos recursos e distribuir o dinheiro entre os envolvidos. Mesmo assim, os investigadores acreditam que o lucro obtido pelo grupo pode ser ainda maior, já que identificaram projetos sob controle da quadrilha com potencial econômico acima de R$ 18 bilhões.

Alan Cavalcante, que hoje vive em uma mansão de três pavimentos em um condomínio de luxo no litoral alagoano, ganhou projeção nos últimos anos ao exibir uma rotina marcada por festas prolongadas, shows particulares e eventos de réveillon que reúnem centenas de convidados. Em 2023, ele chegou a arrematar por R$ 1,2 milhão um blazer e um cordão usados por Neymar em um leilão beneficente. Antes de entrar no ramo da mineração, porém, seu histórico era bem mais modesto: ex-professor de matemática e entusiasta de motocross, atuava em áreas sem relação com o setor que anos depois renderia cifras milionárias.

Segundo a Polícia Federal, o grupo comandado por ele teria corrompido servidores de órgãos ambientais e de fiscalização para obter autorizações ilegais, permitindo a extração predatória de minério de ferro, inclusive em áreas protegidas. Além de fraudar documentos, os investigados também monitoravam autoridades e criavam barreiras para evitar ações de controle do Estado.

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