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Frentista relatam humilhação em posto do Recife que exigia legging e cropped como uniforme


         VT Notícias: A Justiça do Trabalho de Pernambuco determinou que um posto de combustíveis localizado no bairro de Afogados, no Recife, suspenda imediatamente a exigência de que funcionárias usem calça legging e camiseta cropped durante o expediente. A decisão liminar, expedida pela juíza Ana Isabel Guerra Barbosa Koury, da 10ª Vara do Trabalho, atende a um pedido do sindicato da categoria, que denunciou a prática como constrangedora e incompatível com as normas coletivas.

De acordo com o Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis (Sinpospetro-PE), a empresa responsável pelo estabelecimento, FFP Comércio de Combustíveis Ltda — que administra o Posto Power Petrobahia — teria imposto o uso das peças, consideradas inadequadas por expor excessivamente o corpo das trabalhadoras em um ambiente majoritariamente masculino. O sindicato sustentou que o uniforme, além de ferir a dignidade das profissionais, poderia favorecer situações de assédio.

Uma ex-funcionária ouvida sob anonimato relatou que o novo uniforme foi adotado após a chegada de um sócio, contrariando o padrão anterior, mais discreto. Segundo ela, a mudança gerou desconforto e levou à saída de várias colaboradoras. “Era uma exposição desnecessária. A roupa parecia mais uma tentativa de atrair clientes do que um uniforme de trabalho”, afirmou.

Na decisão, a magistrada classificou a vestimenta como “inadequada ao ambiente de trabalho” e ordenou que o posto forneça, em até cinco dias, novos uniformes gratuitos e apropriados, como calças de corte reto e camisas de comprimento regular. O descumprimento da ordem resultará em multa diária de R$ 500 por funcionária.

Em nota, a empresa negou ter obrigado o uso das roupas citadas e afirmou que as imagens apresentadas no processo não correspondem a funcionárias do posto. A direção declarou ainda que vai recorrer da decisão e reforçou seu compromisso com o respeito e a valorização das trabalhadoras.

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