VT Noticias: Olhar o celular no escuro pode parecer inofensivo, mas a prática esconde riscos sérios para a visão. Pesquisas recentes apontam que a exposição frequente à luz azul intensa emitida pelas telas, especialmente em ambientes sem iluminação, pode causar danos cumulativos às células da retina, responsáveis pela visão central. Com o tempo, esses microferimentos silenciosos podem evoluir para a degeneração macular — uma condição progressiva e irreversível que compromete a capacidade de enxergar detalhes e pode levar à cegueira parcial na velhice.
A luz azul é especialmente agressiva porque tem alto poder energético e incide diretamente sobre a mácula, região ocular que concentra os fotorreceptores mais sensíveis. Esse impacto contínuo gera inflamação e estresse oxidativo, enfraquecendo as estruturas que transformam a luz em imagem. O resultado é uma deterioração lenta e quase imperceptível, que se acumula ao longo dos anos.
Além de afetar a retina, o uso do celular no escuro também interfere no ciclo natural do sono. A luminosidade da tela reduz a produção de melatonina, o hormônio que regula o descanso e auxilia na regeneração celular. Com o tempo, essa desordem no ritmo biológico acelera o envelhecimento dos tecidos oculares, agravando o desgaste causado pela exposição luminosa.
Casos de fototoxicidade aguda também têm sido relatados, com sintomas como dor nos olhos, visão turva e sensibilidade à luz após longos períodos diante da tela. Esses sinais, embora muitas vezes passageiros, indicam uma sobrecarga luminosa que pode marcar o início de lesões mais profundas.
A boa notícia é que a prevenção é simples: evitar o uso do celular no escuro total, ativar o modo noturno ou o filtro de luz azul e ajustar o brilho da tela já reduzem significativamente o impacto sobre a visão. Fazer pausas regulares e permitir que os olhos descansem também ajuda a preservar a saúde ocular.

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