VT Notícias: A megaoperação policial que sacudiu o Rio de Janeiro na terça-feira (28) terminou com um saldo devastador: 64 mortos, 81 presos e quatro agentes das forças de segurança entre as vítimas fatais. A ação, que reuniu cerca de 2.500 homens nos complexos do Alemão e da Penha, foi classificada como a mais letal da história do estado.
Entre os mortos estão dois policiais civis e dois militares. Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, o “Máskara”, de 51 anos, comissário da 53ª DP (Mesquita), e Rodrigo Velloso Cabral, de 34, da 39ª DP (Pavuna), foram atingidos logo na chegada das equipes à Penha, quando traficantes do Comando Vermelho reagiram a tiros e incendiaram barricadas.
Na Vila Cruzeiro, os sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, e Heber Carvalho da Fonseca, de 39, também foram baleados durante o avanço das tropas. Socorridos ao mesmo hospital, morreram em decorrência dos ferimentos. Cleiton era policial desde 2008, casado e pai de uma menina. Heber, que ingressou em 2011, deixa esposa, dois filhos e um enteado.
Máskara, com 26 anos de carreira, havia sido promovido a comissário na véspera da operação. Conhecido pelo apelido inspirado no personagem vivido por Jim Carrey, ele atuou na Delegacia de Repressão a Entorpecentes e na 18ª DP, antes de chefiar o setor de investigações em Mesquita. Já Rodrigo Cabral, o mais jovem do grupo, estava na corporação havia menos de dois meses.
Durante a operação, que buscava cumprir cem mandados de prisão contra chefes do tráfico, as forças de segurança apreenderam 93 fuzis, pistolas, motocicletas e grande quantidade de drogas. O confronto, porém, se espalhou pela Zona Norte, com criminosos usando drones, incendiando barricadas e bloqueando vias como a Linha Amarela e a Grajaú-Jacarepaguá.
A ofensiva deixou também três civis feridos — entre eles, uma mulher que estava em uma academia e um homem em situação de rua. Escolas e unidades de saúde nas comunidades afetadas suspenderam o atendimento. O secretário de Segurança, Victor Santos, classificou a ação como “planejada e necessária”, embora tenha reconhecido o alto custo humano. “Lamentamos as perdas, mas a operação vai continuar”, declarou. Fonte: G1
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