VT Notícias: O piloto australiano Timothy James Clark, de 46 anos, que morreu na queda de um avião em Coruripe, litoral sul de Alagoas, em setembro, levava uma vida dupla entre os negócios e o crime. Investigações apontam que ele mantinha vínculos diretos com o cartel irlandês Kinahan, uma das maiores organizações de tráfico de drogas do mundo, e teria acumulado cerca de R$ 120 milhões com voos clandestinos.A aeronave pilotada por Clark caiu em uma área de mata no dia 14 de setembro. No local, a Polícia Federal encontrou quase 200 quilos de cocaína, além de equipamentos que indicavam longos trajetos aéreos sem escalas. As autoridades investigam o caso como tráfico internacional de drogas.
Segundo jornais estrangeiros como Daily Mail, Bellingcat e The Age, Clark atuava havia anos em rotas entre a América do Sul, África e Austrália. Fontes ligadas às investigações estimam que o piloto realizou cerca de 30 viagens transatlânticas transportando entorpecentes. Além da atuação no narcotráfico, ele também figurava como diretor e secretário de empresas de investimento registradas na Austrália e em países africanos.
O australiano era próximo do empresário alemão Oliver Andreas Herrmann, acusado de tráfico pela Polícia Federal da Austrália. Documentos e registros digitais revelam que os dois mantinham uma relação pessoal e profissional, além de conexões com Christy Kinahan, fundador do cartel irlandês.
O corpo de Clark foi identificado oficialmente pelo Instituto de Medicina Legal de Maceió após exames de DNA. A embaixada da Austrália no Brasil acompanha o caso em conjunto com autoridades locais.
A origem e o destino do voo que terminou em tragédia continuam sem confirmação. A queda do avião expôs uma rede milionária que cruzava continentes e misturava o luxo do mercado financeiro com os bastidores do tráfico internacional.
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