VT Notícias: Um novo estudo da University College Cork, na Irlanda, indica que a corrida pode ser uma poderosa aliada do cérebro — mesmo diante de uma alimentação desequilibrada. A pesquisa, publicada na revista *Brain Medicine*, mostra que o exercício físico ajuda a proteger o sistema nervoso dos efeitos nocivos de dietas ricas em gordura e açúcar, típicas do padrão alimentar ocidental.
Os cientistas observaram que a prática regular de corrida interfere positivamente em substâncias produzidas pelo intestino, o que reduz alterações metabólicas associadas a sintomas semelhantes à depressão. Em testes com ratos alimentados com uma “dieta de cafeteria”, os animais que se exercitavam apresentaram comportamento mais equilibrado e sinais de melhora na memória, na orientação espacial e na ansiedade, em comparação aos sedentários.
A equipe liderada pela professora Yvonne Nolan identificou mais de 170 metabólitos alterados pela alimentação gordurosa, e constatou que o exercício foi capaz de restaurar parcialmente o equilíbrio intestinal e normalizar compostos ligados ao humor. Além disso, a atividade física regulou hormônios como a insulina e a leptina, que estavam elevados nos animais com dieta inadequada.
Apesar dos benefícios, os pesquisadores alertam que a alimentação continua sendo determinante. Nos ratos que seguiam uma dieta saudável, o cérebro mostrou sinais de regeneração neuronal — um efeito que a comida ultraprocessada impediu. Em outras palavras, correr pode amenizar os estragos de uma rotina alimentar pobre, mas não consegue anular completamente seus danos.
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